Foi tão bom te reencontrar, tão doce sorver poesia da tua boca e beijos doces dos teus olhos tristes... Perdoe-me pela falta de jeito de amar o mundo. Eu não saberia jamais não me entregar às paixões ou seja lá o nome do que me toma nesse momento. Sei apenas que é tão violento que já me assusto com a possibilidade de destruir-me. Sim,os homens não sabem mais amar uma mulher, mas isso é apenas um detalhe nessa intricada rede de desejos.
Talvez tenha sido teus olhos úmidos de sal que me deixaram assim, em carne viva. Talvez porque a minha ânsia calou-se diante da tempestade que se anunciou e caiu sobre mim. O que é isso que pressinto ser um todo e me deixa dividida em tantas pequenas partes? O que é isso que, lume ou centelha, leva-me somente em direção ao caos?
Talvez não seja lícito falar-te dessa coisa vermelha, que escorre, sanguinolenta, como um cilício a perfurar a carne. Talvez não compreendas que, cedo ou tarde, a dor também há de trespassar-te como um alvo ilícito, pois que tudo que é rubor e face saberá das chagas dessas trevas que alguns dão o nome de amor.
Esta ferocidade, este olho mal-assombrado que me guarda, estas mãos enormes como armadura, levo-os comigo. Sei que não te deixarei nenhum atalho, porque assim será sempre. Assim aconteceu comigo, assim há de acontecer-te. Não haverá um atalho, somente um abismo que agigantar-se-á quanto mais te desesperares para fugires dele.
Talvez tenha sido teus olhos úmidos de sal que me deixaram assim, em carne viva. Talvez porque a minha ânsia calou-se diante da tempestade que se anunciou e caiu sobre mim. O que é isso que pressinto ser um todo e me deixa dividida em tantas pequenas partes? O que é isso que, lume ou centelha, leva-me somente em direção ao caos?
Talvez não seja lícito falar-te dessa coisa vermelha, que escorre, sanguinolenta, como um cilício a perfurar a carne. Talvez não compreendas que, cedo ou tarde, a dor também há de trespassar-te como um alvo ilícito, pois que tudo que é rubor e face saberá das chagas dessas trevas que alguns dão o nome de amor.
Esta ferocidade, este olho mal-assombrado que me guarda, estas mãos enormes como armadura, levo-os comigo. Sei que não te deixarei nenhum atalho, porque assim será sempre. Assim aconteceu comigo, assim há de acontecer-te. Não haverá um atalho, somente um abismo que agigantar-se-á quanto mais te desesperares para fugires dele.